segunda-feira, 3 de maio de 2010

Me absolve de todos os meus pecados. Derrama uma gota de lágrima pura em cima do meu coração. Pobre, pecador, coração. Canta para mim. Me faz sentir puro, quente, regenerado. Me faz crer de novo. Me devolve a fé. Diz que tudo ficará bem, que minha alma ficará exilada no teu paraíso. Recita poemas antigos, que falem sobre paz, amor e sintonia. Derrama os teus lábios quentes nos meus, que estão tão frios. Pobre, pobre coração pecador.

E, se mesmo depois das minhas tentativas de absolvimento, julgares que não mereço o teu toque, larga minha mão e deixa minha alma vagar pelos sombrios campos, onde somente os negros de espírito caminham. Mas não volta a me procurar, pois tua luz é forte demais para uma criatura como eu.

Ou, simplesmente, diz que vai me devolver a luz que roubaste do meu sorriso quando partiu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário