segunda-feira, 3 de maio de 2010

Me absolve de todos os meus pecados. Derrama uma gota de lágrima pura em cima do meu coração. Pobre, pecador, coração. Canta para mim. Me faz sentir puro, quente, regenerado. Me faz crer de novo. Me devolve a fé. Diz que tudo ficará bem, que minha alma ficará exilada no teu paraíso. Recita poemas antigos, que falem sobre paz, amor e sintonia. Derrama os teus lábios quentes nos meus, que estão tão frios. Pobre, pobre coração pecador.

E, se mesmo depois das minhas tentativas de absolvimento, julgares que não mereço o teu toque, larga minha mão e deixa minha alma vagar pelos sombrios campos, onde somente os negros de espírito caminham. Mas não volta a me procurar, pois tua luz é forte demais para uma criatura como eu.

Ou, simplesmente, diz que vai me devolver a luz que roubaste do meu sorriso quando partiu.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O que é razão?

Eu sei que essas tuas manhas e receios são virtuais. Eu sei que, quando o verde puro dos teus olhos encontra o castanho nublado dos meus, o teu sangue aquece; O teu sorriso vem; Quando o meu corpo vai de encontro ao teu, tu te entregas à emoção; Esqueces a razão. Aliás, razão para quê? Quem tem razão? O que é razão?

Razão é a desculpa inventada por aqueles que não conseguem amar com o coração.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Acordo com o pé esquerdo. Muito mais cedo do que gostaria. Acabou a pasta de dentes. Estou atrasado, logo, café gelado. O celular começa. Problemas. O trânsito não me deixa passar. Chego atrasado. Escuto bronca. Dia rotineiro. Como é ruim ser adulto.

Te vejo passar, tão calma e segura. Os teus olhos encontram o meu e o dia ganha sentido, outra vez. A tua fala me faz querer te escutar por horas. O meu poder, o meu caráter, a minha segurança ao falar, a minha seriedade... Tudo. Tudo vai por água abaixo quando te diriges a mim. Eu tremo e gaguejo, como se tivesse 13 anos.

Como é bom me sentir criança outra vez.

E é assim que eu quero me sentir, por, pelo menos, mais uns 80 anos.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sobre os que amam.

Pobre das almas que amam, dos olhos que choram, dos corações esperançosos. Pobre de quem experimenta o doce sabor do amor e o amargo da decepção. Aliás, amor e decepção são sinônimos; Andam sempre juntos. Andam sempre matando uma alma aqui, adoecendo outra ali. E tudo sem piedade. E o pior: "Não há NADA que se possa fazer pra impedir". Não há como fechar o coração para novos amores. Não há como fugir da atração, mesmo que só física, que algum ser te envolverá.

Só há uma saída: Se entregar. Não só o corpo, mas a alma também. Partilha da alma, partilha das dores.

Já que um dia vais perder, por que não aproveitar e te entregar cada segundo do que tens?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Entre paredes e janelas...

Eu só vejo o teu rosto. Eu fecho as janelas, tranco as portas, coloro as paredes e nada tira a tua imagem dali. Os meus olhos te fixaram tanto que és parte de minha visão, da minha alma. Mesmo com os olhos cegos pela claridade, não sais de lá.

O primeiro passo é aceitar que somos um só. Que nascemos pra viver juntos. Que fomos feitos um para o outro. Que precisamos, um do outro, pra viver.

O segundo passo é te convencer que o primeiro é o caminho mais feliz que podes trilhar.